Segunda-feira, Novembro 25

Um ano depois de ter sido derrotado, na mesma Inalpi Arena, na final com Novak Djokovic, Jannik Sinner é um jogador diferente, mais maduro e sem pontos fracos. Essa final de época, em que derrotou Djokovic na fase de grupos e, dias mais tarde, na Taça Davis, serviu de rampa de lançamento para um 2024: logo em Janeiro conquistou o primeiro principal (Austrália), repetiu o feito em Setembro (US Open), pelo meio chegou ao topo do ranking mundial e cerrou com o triunfo nas ATP Finals, o oitavo título da época. No encontro derradeiro em Turim, neste domingo, Sinner repetiu a vitória de terça-feira sobre Taylor Fritz e com os mesmos parciais: 6-4, 6-4.

Nas contas finais da época no ATP Tour, Sinner venceu 70 encontros – o que não acontecia no circuito ATP desde 2016, com Andy Murray – e perdeu seis, mas até nessas derrotas ganhou pelo menos um definir. Como ironizou Casper Ruud, duramente castigado por Sinner nas meias-finais, “ele esqueceu-se de como perder”.

“Foi um evento muito especial, muito importante para mim, pois sabia o ano que tive. Quisemos prepará-lo da melhor forma, chegámos uma semana antes, para entender a velocidade do tribunal e o que funcionou melhor nestas condições. Joguei muito bom tênis ao longo da semana, houve alturas em que não pude mesmo jogar melhor. Foi uma semana muito positiva e compartilhar este momento com tantos fãs italianos e com a equipe é muito especial”, resumiu Sinner, o primeiro tenista desde Ivan Lendl, em 1986, a vencer as ATP Finals sem ceder um definir. O domínio do italiano de 23 anos em Turim ficou traduzido no número de jogos concedidos nos cinco encontros: 33, um novo recorde do evento.

O estágio da final começou a desenhar-se no longo sétimo jogo, quando Sinner aproveitou a quarta oportunidade para fazer o quebrarconcretizado com um amortizar. O italiano fechou o definir com o 10.º ás, mas só depois de anular o único ponto de interrupção que queria em todo o encontro. Não segundo definiró quebrar surgiu mais cedo, no quinto jogo, e Sinner manteve a mesma intensidade, para gáudio dos milhares de adeptos italianos que testemunharam a conquista do 17.º título da carreira do ídolo – e o primeiro em Itália.

E como as ATP Finals continuarão a disputar-se nos tribunais italianos até 2030, Sinner deverá ter mais oportunidades de somar mais títulos diante dos compatriotas. Para já, vai para o Málaga ajudar a Itália a defender o título na Taça Davis, onde poderá voltar a enfrentar Fritz, que garante a subida ao quarto lugar do ranking, um novo máximo para o tenista de 27 anos.

A final das ATP Finals assinalou igualmente a despedida do brasileiro Carlos Bernardes como julgado de cadeira do ATP Tour.

Compartilhar
Exit mobile version