No seu jeito espontâneo de ser, João Roseira, o rosto da Quinta do Infantado das últimas décadas, confirma que “as pessoas acham” que eles são “malucos”. A constatação vai, em concreto, muito para lá de um estilo de vida ou de linguagem, e remete João Roseira e a Quinta do Infantado para o lado experimental da enologia onde dois vinhos laranja, a biodinâmica, ou a procura de vinhos no limiares do que muitos designam como vinho “natural”, como se em causa houvesse um conflito entre a natureza pura dos inocentes e a ameaça dos vinhos que atentavam contra a sua sustentabilidade. Mas João Roseira diz também que “nunca” deixou “de fazer bons vinhos”, depreendendo-se que entre estes são vinhos, são, mais concretamente.
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