O número de ovinos mortos pelo novo surto da doença ascendeu a quase 200% acima dos valores do período homólogo relativo ao ano passado, tendo dias em que o número de cadáveres recolhidos variou entre 2500 e 3000. Em anos normais, oscila entre 500 e 600 animais. No final da tarde da última quarta-feira, quando o sol já desaparecia no horizonte, José Neves Gonçalves, proprietário de um pequeno rebanho de ovinos na zona de Serpa, ainda charruava a terra com um trator quando o PÚBLICO interrompeu a tarefa com uma pergunta : que impacto a febre catarral ovina, ou língua azul, está a ter seus animais? No lugar da resposta, o homem dá um salto da viatura, olha para o relógio, e diz com gestos apressados: “Tenho de ir dar o biberão aos bichos.”
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