O Presidente eleito dos Estados Unidos nomeou o investidor e multimilionário Scott Bessent, conselheiro econômico de Donald Trump e seu conhecido há décadas, para o cargo de secretário de Estado do Tesouro.
“O Scott é amplamente respeitado como um dos principais investidores internacionais e estratégicos geopolíticos e econômicos em todo o mundo. A história do Scott é a do sonho americano”, afirmou Donald Trump em comunicado, divulgado na noite desta sexta-feira através da rede social de que é proprietário, a Verdade Social. Horas antes, a informação já tinha sido avançada pela imprensa norte-americana.
Wall Street acompanhava atenta, desde 5 de novembro, os nomes apontados como possíveis escolhas de Trump para o Tesouro, devido especialmente aos planos anunciados pelos vencedores das presidenciais para um agravamento acentuado das taxas alfandegárias aplicadas a todas as importações de bens feitos pelos Estados Unidos.
Scott Bessent tem apoiado uma reforma fiscal e a redução da regulação, bem como incentivos ao aumento da concessão de crédito e à produção de energia. Alinha também com a política proteccionista de Trump e já defendeu o aumento das taxas alfandegárias.
Num artigo de opinião para o Jornal de Wall Streeto multimilionário de 62 anos, antigo parceiro de negócios de George Soros, afirmou que a onda de otimismo que deixou as bolsas em alta depois da vitória de Trump declarou como “expectativas dos investidores em relação a um maior crescimento, menor volatilidade, menor inflação e uma economia revitalizada para todos os americanos”.
Bessent deverá suceder a outras personalidades do mundo financeiro que assumiram o Tesouro no passado, como os antigos executivos da Goldman Sachs Robert Rubin, Hank Paulson e Steven Mnuchin, que ficaram com a pasta das Finanças no primeiro mandato de Donald Trump. Janet Yellen, atual secretária do Tesouro e primeira mulher no cargo, é ex-presidente da Reserva Federal e do Conselho dos Consultores Económicos da Casa Branca.