Quarta-feira, Abril 2

“Houve algum dano, mas nada muito sério. O setor agrícola no oeste do Algarve acabou sendo o mais afetado, com danos às instalações”, disse Diana Ferreira, vice-presidente da Federação da Agricultura da Algarve (Fedagri).

De acordo com o representante da Algarve Citrus Operators Association (Algarorange), as condições climáticas tiveram “algum impacto nos pomares, com cerca de 30% da produção sendo afetada”.

No entanto, ela explicou, Storm Martinho teve um “maior impacto” nas fazendas agrícolas na região de Windward, “principalmente nos produtores de gado, sem danos significativos a instalações, galpões e calhas de bebida de animais”.

“Havia algumas frutas caindo nos pomares, que são normais com o vento e a chuva mais pesada, e há situações de podridão causadas pelo aumento da presença de fungos”, observou a pessoa responsável.

De acordo com Diana Ferreira, “essas são situações controláveis, com tratamentos e selecionando frutas de centros de frutas que não estão em uma condição para alcançar o consumidor final”.

Diana Ferreira garantiu que as informações coletadas dos produtores “são que não há grandes perdas associadas ao mau tempo na última semana”.

Para o vice-presidente de Fedagri, embora o mau tempo tenha afetado a agricultura, “o equilíbrio acaba sendo mais positivo do que negativo, levando em consideração a falta de água que existia como resultado da seca nos últimos anos”.

“Essa chuva foi muito bem -vinda e temos que ver aspectos positivos disso, pois realmente precisávamos de água para reabastecer as barragens e recarregar nossos aqüíferos”, destacou ela.

De acordo com os dados divulgados pela Agência do Meio Ambiente Portuguesa (APA), entre 18 e 24 de março, houve um aumento de 78% para 84% (6%) da água armazenada nos seis reservatórios que apóiam a oferta pública e a agricultura do Algarve.

Para Diana Ferreira, “existe a noção de água das barragens, mas também é necessário saber qual era o impacto da chuva nas águas subterrâneas”, enfatizando que 60% da agricultura no Algarve depende dessa água.

“Além da agricultura, há também uma grande população, principalmente no interior e no Algarve Barrocal, que dependem das águas subterrâneas”, destacou ela.

A pessoa responsável considera que “é essencial” que a APA também divulgue dados relacionados às águas subterrâneas, porque esse é “um ponto -chave que não pode ser esquecido”.

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